O criador do BLACKSAD esteve nas páginas virtuais do Farrazine na edição #9
Confere aí embaixo como foi!
Confere aí embaixo como foi!
FARRAZINE - Oi Juan, muito obrigado por dar a honra da sua presença em nossa revista. Bom, nós gostariamos de saber, quais foram os autores que te inspirarán a escrever e desenhar? (Seja de livros ou quadrinhos)
JUAN - Muito obrigado a vocês pelo interesse no meu trabalho. Estas listas são obrigatoriamente parciais, porque é muito dificil levar em conta a todos os autores que marcaram você. No fim das contas sempre se esquece de alguns, coisa que dá muita raiva. De qualquer maneira, eu poderia citar alguns de referencia como Hugo Pratt, Goscinny, Will Eisner, todos esses nos quadrinhos e Joseph Conrad, Raymond Chandler ou Dashiel Hammet nos livros.
FARRAZINE - E como é o seu processo de criação de estórias ou desenhos?
JUAN - Nem sempre eu sigo o mesmo método, porque você tem que se adaptar as diferentes pessoas com quem trabalha. Ainda assim, meu método de trabalho costuma seguir esses passos: Começo de uma idéia básica onde vai se desenvolver a estória (Por exemplo, a vingança, o ódio, um amor impossível...) A partir de aí, recolho idéias sobre os personagens, situações e lugares que eu gostaria de incluir no relato. Uma vez que decido quais personagens vão sair, escreve breves resenhas biográficas de cada um, tendo em conta que relação que existe entre eles e os sucessos que os relaciona com a estória que quero contar. Finalmente passo a estruturar a estória de uma maneira sequenciada como no cinema, e por último escrevo os diálogos.
FARRAZINE - Conta pra gente Juan... Sobre BlackSad, como foi a idéia de juntar animais com o clima noir de detetives do anos 40/50, que tão bem e perfeito ficou na Graphic Novel?
JUAN - A idéia inicial era utilizar o potencial dos códigos das fábulas aplicados a uma estória de gênero negro. Ou seja, aproveitar a grande quantidade de informação que nos fornece os clichês tradicionais das estórias de animais. Cada animal representa por si mesmo umas
qualidades que não precisa-se descrever, nós reconhecemos diretamenta ao ver sua imagem (A astúcia da Raposa, a agilidade do gato, etc...)
JUAN - Muito obrigado a vocês pelo interesse no meu trabalho. Estas listas são obrigatoriamente parciais, porque é muito dificil levar em conta a todos os autores que marcaram você. No fim das contas sempre se esquece de alguns, coisa que dá muita raiva. De qualquer maneira, eu poderia citar alguns de referencia como Hugo Pratt, Goscinny, Will Eisner, todos esses nos quadrinhos e Joseph Conrad, Raymond Chandler ou Dashiel Hammet nos livros.
FARRAZINE - E como é o seu processo de criação de estórias ou desenhos?
JUAN - Nem sempre eu sigo o mesmo método, porque você tem que se adaptar as diferentes pessoas com quem trabalha. Ainda assim, meu método de trabalho costuma seguir esses passos: Começo de uma idéia básica onde vai se desenvolver a estória (Por exemplo, a vingança, o ódio, um amor impossível...) A partir de aí, recolho idéias sobre os personagens, situações e lugares que eu gostaria de incluir no relato. Uma vez que decido quais personagens vão sair, escreve breves resenhas biográficas de cada um, tendo em conta que relação que existe entre eles e os sucessos que os relaciona com a estória que quero contar. Finalmente passo a estruturar a estória de uma maneira sequenciada como no cinema, e por último escrevo os diálogos.
FARRAZINE - Conta pra gente Juan... Sobre BlackSad, como foi a idéia de juntar animais com o clima noir de detetives do anos 40/50, que tão bem e perfeito ficou na Graphic Novel?
JUAN - A idéia inicial era utilizar o potencial dos códigos das fábulas aplicados a uma estória de gênero negro. Ou seja, aproveitar a grande quantidade de informação que nos fornece os clichês tradicionais das estórias de animais. Cada animal representa por si mesmo umas
qualidades que não precisa-se descrever, nós reconhecemos diretamenta ao ver sua imagem (A astúcia da Raposa, a agilidade do gato, etc...)
O sucesso dessa fórmula é responsabilidade, em grande parte, do excepcional trabalho do meu compradre Juanjo Guarnido, que foi capaz de sair vitorioso do enorme desafio que era mesclar, com tanta maestría, o lado realista da novela negra com o gênero antropomórfico.
FARRAZINE - E como foi trabalhar com Juanjo Guarnido? Vendo BlackSad, dá a impressão que vocês fazem uma dupla perfeita, como Lennon e Mcartney na música...
JUAN - Pois um prazer e auténtico luxo! Tanto a nível humano, como artístico. Sempre tivemos muita química e acho que, afortunadamente, isso se percebe no acabamento final. Nos conhecemos trabalhando em um estudo de animação e acho que isso nos beneficiou enormemente ao assumir uma dinámica de trabalho em equipe, onde prima mais a obra que qualquer outro tipo de interesse pessoal. O intercambio de idéias e opiniões era continuo e acho que ambos crescemos artisticamente graças a nossa colaboração com a série. Em qualquer caso, espero que não terminemos como Lennon e Mcartney...
Juanjo Guarnido e Juan Diaz Canales |
FARRAZINE - Nós esperamos o mesmo e temos certeza que não... pelo bem da cultura! Em "Arctic-Naction" se fala do racismo, que é um tema bem complexo. Como foi a inspiração para escrever de maneira tão soberba as aventuras de John BlackSad?
JUAN - Desgraçadamente a inspiração mais direta para um assunto como o racismo, é a crua realidade. Apesar de estar ambientada nos anos
50, o problema da desigualdade está presente em demasiados lugares do nosso planeta hoje. Nem sequer acho que está completamente solucionado nos EUA...
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