domingo, 27 de fevereiro de 2011

FANZINERIA #3



Saiu o Fanzineria #3 faz alguns dias pessoal!!!

É um projeto bacanudo do Nasci, autor do Apanhador de Estrelas, e nela a publicação busca fomentar a arte dos quadrinhos e a cultura da produção de fanzines.
Eles também fazem experimentação de artes visuais e a literatura e tem o apoio da AQL - Associação dos Quadrinhístas de Londrina e pode ser encontrado  em versão impressa (xerox) e on-line.

Quem não pode pegar a versão em papel pode baixar ou ler online nos links abaixo:


Para baixar o Fanzineria em PDF clique aqui

Para ler o Fanzineria on-line, clique aqui 

E VIVA A HQ NACIONAL! 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

CIÊNCIA DIVERTIDA! COM REED RICHARDS


Olá amiguinhos!
É muito bom tê-los aqui no 'Ciência Divertida! Com Reed Richards'. Eu sou Reed Richards, e aqui é o lugar para você  resolver aquelas dúvidas e curiosidades científicas que toda criança tem. 

Você quer saber por que a gente espirra quando sai o sol? Por que os ouvidos estalam quando a gente sobe muito alto no elevador? Por que a gente lacrimeja quando ri?
Então seu lugar é no 'Ciência Divertida! Com Reed Richards'. Oba!

Hoje vamos tratar de uma dúvida que muitos amiguinhos tem mandado em suas cartinhas:
Como selar uma brecha dimensional causada pelo uso indevido de um buraco branco artificial, levando em conta as diferenças graduais de ambos espaço-tempos envolvidos, e tendo em vista que as duas extremidades do buraco branco estão em pontos eqüidistantes do universo de antimatéria?

Hummm... Essa é difícil, hein?
Que nada amiguinhos! Eu, o Dr. Richards, vou mostrar a solução!

Essa matéria, escrita por Ricardo Andrade, saiu no Farrazine #3 e para descobrir como Reed Richards resolve essa pergunta você pode terminar a leitura, online mesmo, aqui ou baixar a edição aqui

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FARRAZINE Nº 20



► Conheça as aventuras de Adriel Paz - O Apanhador de Estrelas - nas HQs "Esperança (quase) Perdida” e "O Negociador".
Personagem criado por Nasci e trazido até os leitores do FARRAZINE através dos roteiros de Eloyr Pacheco e arte de Carlos Nascimento, com cores de Snuckbinks.

► Confira também: a matéria de Paloma Diniz sobre a  passagem de Killofer por João Pessoa

► Entrevistas com Von DEWS!, do site VertigemHQ e com Nívia Alves e Ana Karla Albuquerque, do Rascunho Studio.

► Os contos escritos por de Rita Maria Félix da Silva, Rafael Costa, Brenno Dias, Cinthia Molina, Carlos Panhoca entre outros...

► E mais: Bando de Dois, Comic Code Authority, Steampunk, Hipster Hitler, ABAS, contos, resenhas, tiras, dicas de HQ's nacionais e o retorno de nosso ex-ombudsman.

50 páginas - Baixem clicando nas opções à seguir






 




quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Contos do Farrazine


Nós tínhamos uma música.

Não que fosse exatamente nossa, decidida de forma democrática e de comum acordo, ou que tivesse alguma razão óbvia pra ser a nossa música, como o fato de, sei lá, termos nos conhecido ao som dela, termos dado nosso primeiro beijo quando ela tocava ou termos dançado pela primeira vez enquanto ela rolava numa pista vazia na madrugada de uma boate em algum lugar (mesmo porque eu não sei dançar). Era só uma música que me fazia pensar nela, acho que sem muita lógica ou razão, tanto que eu nunca me dei ao trabalho de comentar com ela que “tínhamos uma música”, já que achava que os apelidos carinhosos já eram clichê o bastante. Não que eu seja um cara de colocar limites, mas ser chamado por nome de bichinho sempre soa como "o bastante".

E nós continuamos tendo uma música sem necessariamente ter uma música até um dia em que estávamos voltando meio bêbados de uma festa. Não me lembro bem exatamente o porque da festa, ainda que me lembre bem o porque de estarmos bêbados (acho que naquela época sempre estávamos meio bêbados, não? E não falo só de nós dois, falo de todo mundo por lá) e eu acabei comentando sobre isso, sobre a música. Foi o tipo da atitude sintomática e meio idiota que sempre começava comigo e causava nela o tipo de reação também sintomática e também idiota que iria me deixar constrangido e ir minando pouco a pouco qualquer resquício de romantismo que eu pudesse sentir. Ou então eu apenas fui me tornando menos idiota com o tempo, também é uma visão.

Estávamos caminhando pela beira de um lago, na saída do campus da faculdade, andando naquele ritmo que só as pessoas meio bêbadas e muito apaixonadas conseguem andar. Por causa do frio vínhamos abraçados, basicamente rindo de toda e qualquer coisa, como se caminhar pela beirada de um lago no inverno em plena madrugada fosse realmente um daqueles programas tão legais que tínhamos dado sorte de não ser necessário ligar antes fazendo reservas e não uma atitude perigosa/boba/desnecessária. Ela tinha cortado o cabelo curtinho, estava usando o meu casaco e estava apertando os olhos daquele jeito que hoje eu acho absurdamente irritante, porque faz com que ela pareça meio idiota, mas que na época era uma das grandes maravilhas do universo pra mim, junto com a batata frita e o Ipod. Eu olhava pra ela, via aquele sorriso e tudo que eu conseguia pensar é que eu estava de mãos dadas com a garota mais linda do mundo e o universo parecia um lugar quente, aconchegante e divertido. Se você me perguntasse naquele momento se eu gostaria que o mundo se mantivesse daquele jeito pra sempre, eu diria que sim, e as crianças africanas que possivelmente fossem todas pro inferno.

Por isso eu estava meio relutante em deixar a noite acabar e resolvi ficar sentado com ela na beira do lago, abraçados. (Abraços que por sinal são uma das coisas de que eu mais senti falta nesse tempo todo. Afinal, não sei se isso acontece com todo mundo, mas sexo casual e ficadas esporádicas raramente envolvem muitos abraços. Beijos? Sim. Sexo? Ok. Abraços? Muito pouco. Abraço é o tipo de manifestação física muito mais ligada a carinho do que a tesão, então acho que assim como uma garota de programa não beija os clientes eu não consigo realmente abraçar alguém de quem eu não goste. Call me a tenderness bitch). E aí eu cometi, como eu já disse, o erro de mencionar a música.

Em minha defesa posso dizer que eu estava alcoolizado, que eu era jovem, que eu estava apaixonado e que a música é realmente...bonitinha. “The Humpty Dumpty Love Song”, do Travis. Bonitinha, como eu disse. Talvez meio idiota, talvez não tão épica (nós não éramos um casal épico),talvez nada espetacular (nós não éramos um casal espetacular), mas era bonitinha (bem, na maior parte das vezes nós éramos um casal bonitinho). Também posso mencionar como atenuantes aquela lua, aquele lago, o fato de estarmos sentados na grama e a garoa que começava a cair. Ou talvez isso tudo sejam agravantes, a classificação é confusa nessas horas.

Eu olhei pra ela e disse que estava feliz de estar ali com ela. Ela me olhou, sorriu e disse que estava feliz de estar ali comigo. Vejam que nessa hora eu poderia tranquilamente ter parado e, sei lá, ter tentado passar a mão nela, alguma coisa do tipo, que teria realmente sido uma grande idéia, algo praticamente visionário naquele momento. Mas não, claro. Eu preferi mencionar a música.

“Qual música?”

E aí eu cantarolei. Eu poderia ter apenas dito que existia a música e ter dito pra ela procurar no Google, não sei. Seria outra idéia daquelas nível “inventei a fusão a frio” em termos de me poupar problemas, mas eu estava numa madrugada inspirada. Eu estava em chamas e não podia parar.

“All of the king's horses,and all of the king's men, couldn't pull my heart back together again. All of the physicians, and mathematicians too,failed to stop my heart from breaking in two. 'Cos all I need is youI just need you,yeah you got the glue,so I'm gonna give my heart to you.”

Tivemos um silêncio de alguns segundos que possivelmente provou todo o conceito einsteiniano de relatividade, porque o tempo e o espaço se deslocaram e aquilo demorou cerca de seis anos pra mim, já que eu estava a bordo da USS Acabei de Notar que fui Idiota, sentado na cadeira de capitão, em velocidade de dobra. E foi aí que ela falou.

“Isso foi...meio gay, não?”

“Humm...eu acho que...talvez...é...possivelmente um pouco...”

“É...e meio besta...assim, bem besta, não sei...”

“É...então...”

“Vamos pra casa?”

“Sim...hummm...vamos, vamos sim”

Por jluismith do blog Just Wrapped Up in Book

Publicado no Farrazine # 16 que você pode ver online aqui ou baixar aqui

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

PDL - PROJETO DEMOCRATIZAÇÃO DE LEITURA

Sobre cultura, compartir, projetos e leitura...


De todos lugares legais da web - e há um montão de coisas legais - um dos mais destacados, sem dúvidas, é o PDL.

O que é o PDL?

"O PDL é uma das maiores referências de biblioteca virtual livre em língua portuguesa da internet, com um acervo alimentado por centenas de colaboradores em todo o mundo e uma história de 5 anos de existência. Todo os e-books são produzidos e geridos pelos próprios usuários, que fazem do site um grande centro de troca de novidades e discussões relacionadas à área. O acesso é livre, e você só precisa fazer um pequeno registro. Não é preciso pagar nada, é só entrar com seu cadastro, pesquisar, conversar e ler à vontade!"

O projeto desse forúm é o mais impressionante relacionado com leitura que existe na net. Você pode encontrar, praticamente, todas e quaisquer publicações no idioma português.

O grupo, também, se organiza para traduzir obras que não tem ainda edição em nossa língua.

Vale muito a pena fazer parte dessa comunidade!

Se você quer conhecer um pouquinho mais deles ou procura livros que não encontra em lugar nenhum, clique aqui e vai lá, sem dúvida você vai adorar!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM A BILL MANTLO


 Os leitores de quadrinhos dos anos 80 com certeza devem lembrar do nome: Afinal era difícil ler uma história dos super-heróis da Marvel que ele não tenha escrito: Thor, Os Defensores, Homem de Ferro, Tropa Alfa, Homem-Aranha, Mestre do Kung Fu, Os Campeões, a lista é realmente extensa.
Mas BILL MANTLO é mais lembrado, sem dúvida, por sua longeva carreira à frente da revista do INCRÍVEL HULK e pela adaptação para os quadrinhos de personagens de brinquedo como Rom, Transformers e Os Micronautas.

O escritor ficou na revista do Hulk por cinco anos, e é de sua autoria sagas que até hoje estão na memória dos leitores brasileiros, justamente porque foi o momento de maior sucesso editorial de um gibi do Hulk no Brasil, em meado dos anos 80. Ele começou sua passagem colocando o Hulk a viajar pelo mundo, e assim apresentando diversos personagens internacionais da Marvel pelo caminho. Foi Mantlo também o primeiro autor a desafiar o status quo das histórias do gigante verde, fazendo com que a mente do cientista Bruce Banner dominasse a mente do monstro durante algum tempo, como também fez a criatura recuperar o controle e destruir Nova York, na espetacular edição de número 300 onde o Hulk enfrenta boa parte do Universo Marvel. Depois veio a famosa saga da Encruzilhada, a primeira vez que o Golias Esmeralda foi exilado da Terra, tendo aventuras em outros planetas.
Mantlo também criou personagens que até hoje estão nas páginas dos quadrinhos: Mantlo & Adaga, Tigre Branco, e o guaxinim espacial Rocket Rackoon, que hoje está na nova formação dos Desafiadores da Galáxia.

No entanto, o ponto alto da sua carreira foi a inventividade com que conseguiu criar revistas em quadrinhos baseadas em brinquedos. A série do ROM foi baseada num único bonequinho articulado. A partir dali, Mantlo criou um motivo para a aparência do personagem (ele não era um robô, mas um ciborgue), o que era aquela arma que ele carregava, quem eram seus inimigos, qual sua origem, e toda uma gama de personagens coadjuvantes. O sucesso de Rom durou além do boneco e sua revista ficou seis anos nas bancas americanas.
Outro triunfo foi a série cult Os Micronautas, que poucos brasileiros sabem, mas também foi baseada numa série de brinquedos. Aqui, o trabalho de Mantlo e do desenhista Michael Golden chegou a ser reconhecido com o prêmio Eagle de melhor novo gibi, do ano de 1979.
Por essas e outras, quando a Marvel conseguiu os direitos para lançar um gibi dos Transformers, é claro que o homem certo para o trabalho era Bill Mantlo, revista que os brasileiros também tiveram chance de conhecer através da Editora Abril.

Mas por onde anda Bill Mantlo? Porque os leitores nunca mais tiveram notícias dele?
Na verdade, Mantlo sempre escreveu quadrinhos como uma forma de pagar os estudos, e no final dos anos 80 se formou em direito, e se tornou defensor público no bairro do Bronx, em Nova York. Ele ainda escrevia alguns gibis, como os diálogos da mini-série Invasão, para a DC Comics.
Mas no ano de 1992 aconteceu uma tragédia: Mantlo foi atropelado, por um motorista que nunca foi identificado. Até hoje o escritor carrega as seqüelas daquele acidente e precisa de cuidados 24 horas por dia, estando internado numa casa de recuperação.
Em 2007 o cartunista David Yurkovich lançou um livro em sua homenagem: “Mantlo: Uma vida nos quadrinhos”, que também serviu para arrecadar dinheiro para bancar o tratamento que Bill necessita.

Realmente é triste o curso que a vida de Bill Mantlo tomou, mas os gibis que ele escreveu sempre vão estar presentes nas memórias dos fãs antigos e também novos, graças as coletâneas que a Marvel reimprime.

Publicado no Farrazine #11, veja online aqui ou baixe aqui

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O MADE IN PB APRESENTA



Curso Básico de Quadrinhos com Prof.ª Paloma Diniz

Você poderá efetivar sua matrícula aos sábados pela manhã e à tarde ou durante a semana nos dias e horários que serão ministradas as aulas na FUNESC (Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego) localizado na Avenida Abdias Gomes de Almeida, 800 - Tambauzinho, João Pessoa – PB.

Plano de Curso
  1. Objetivo:

Introduzir o aluno no campo do universo das histórias em quadrinhos, através de conhecimentos da sua história, a função social e como meio de comunicação.  Por meio de exercícios, adquirir um conhecimento básico da composição da narrativa gráfica por meio de leituras, conhecimentos técnicos de produção, teoria e prática da sua linguagem.

  1. Programação:

    • Conceito de história em quadrinhos;
    • Breve explanação da história das histórias em quadrinhos;
    • Elementos básicos da linguagem visual;
    • Composição de roteiro;
    • Composição de personagem;
    • Elementos particulares da linguagem das histórias em quadrinhos;
    • Fusão de roteiro e desenho: narrativa gráfica;
    • Estruturação de página;
    • Estruturação de capa;
    • Apresentação do resultado do curso.

3.      Metodologia:

Aulas teóricas e práticas com apoio de recursos.

  1. Materiais Didáticos:

1ª Fase: 
    • 01 bloco com 20 folhas de papel tipo ofício tamanho A4 na cor branca;
    • 01 lapiseira para mina de grafite 07;
    • 01 borracha da marca Mercur na cor branca;
   2ª Fase: 
    • Folhas de papel tipo canson tamanho A3 na cor branca;
    • 01 caneta nanquim preto de ponta porosa descartável nº 0.2;
    • 01 bisnaga de tinta tipo nanquim preto da marca Trident;
    • 01 pincel número 0 e referência 182 da marca Pictore Tigre;
    • 01 pincel de número 10 e referência 182 da marca Pictore Tigre;
Maiores informações:
(083) 8680-3329 e (83) 8895-7763
Emails:studio.madeinpb@gmail.com
palomadiniz.studiomadeinpb@gmail.com ‎

Para conhecer um pouquinho sobre a Paloma, você pode visitar o blog dela aqui


domingo, 6 de fevereiro de 2011

35 ANOS DE NOVA: O PRIMEIRO VOLUME JÁ ESTÁ À VENDA


Acabou de sair da gráfica, e já está à venda, mas uma obra do nosso querido Emir Ribeiro, criador da Velta.

Vejam as atrações e especificações desta nova edição. Lembrando que haverá um SEGUNDO TOMO, dentro de mais alguns meses.

35 ANOS DE NOVA - TOMO 1 - fevereiro de 2011

- Impressa em off-set;

- Formato livro (16 x 23 cm);

- 84 páginas (miolo preto e branco, e capas externas coloridas);

- Capa dianteira com pintura de
Emir Ribeiro, originalmente produzida em 2007;

- Página 2 com desenho preto & branco inédito de Nova, feito pelo mestre SEABRA (baseado no primeiro quadrinho no qual Nova apareceu pela primeira vez, em maio de 1976);

- HQ inédita "O começo de tudo", de 2008, contando, resumidamente a origem de Nova, história e desenhos de
Emir Ribeiro, originalmente produzidos em 2008;

- HQ inédita "O fã", escrita há quase 15 anos atrás por RODRIGO GARRIT, e desenhada por Emir Ribeiro, em 2010. Um maluco fanático que presenciou a primeira luta entre Velta e Nova, resolve perseguir a andróide ruiva, com resultados explosivos e chocantes. Final surpreendente e inesperado;

- Os 12 primeiros capítulos da novela textual que conta tudo sobre Nova, desde sua origem. Nesta primeira parte são mostrados, em minuciosos detalhes, todos os fatos que levaram Nova a ter um corpo robótico; sua luta inicial com a então Welta; suas aventuras e embates contra bandidos comuns, bem como a sua principal inimiga: a Mulher-Fantasma. Todo o texto é ilustrado com tiras antigas publicadas em jornais paraibanos dos anos 70, bem como imagens da revista "Andróide" da Press Editorial/Maciota de 1986, além de desenhos inéditos meus, do mestre PAULO NERY, e de GABRIEL ROCHA (criador do Lagarto Negro).

- Matéria inédita contando como a robótica ruiva Nova QUASE virou filme, onde contracenaria com o Homem de Preto. Havia até uma garota escolhida para o papel de Nova, de quem fiz algumas imagens experimentais.

- Na página 83, mais um desenho inédito do mestre SEABRA, baseado na HQ que mostrou a primeira luta entre Velta e Nova, em 1976.

- Capa traseira com desenho de Nova, de
Emir Ribeiro, colorizado, de 2006.
Se você quer saber como adquirir seu exemplar clique aqui

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

SANGUE E REZA - Contos do Farrazine

Por Marcelo Soares

A chuva caía como lágrimas de algum Deus tristonho. David sabia que seus momentos finais estavam chegando. A mão trêmula segurando um canivete, enquanto se ancorava no muro de uma rua qualquer da cidade, denunciava seu fim. Afinal, em tantos anos, nunca tremera ao segurar uma arma. A sua mente tentava animá-lo, dizendo que era só por causa da perda de sangue, fruto de um corte na barriga, por conta de um capricho de uma faca bem afiada. Porém, ele não é idiota, pensou, enquanto as gotas de chuva lhe atrapalhavam a visão, sua hora havia chegado e nem reza brava para algum dos santos de sua mãe o salvaria.

O olhar se mantinha atento aos movimentos de seus dois prováveis executores, velhos amigos de infância: Bruno e Roberto. Ainda se lembrava do tempo em que jogavam bola juntos. Agora são seus assassinos, só porque ele dera para trás em um assalto, e acabou que o Raimundo, o quarto mosqueteiro, fora preso. Eles o culpavam por isso.

- Vai fazer o que agora, “irmãozinho”? – perguntou Bruno, segurando a faca com sangue que, minutos antes, furara a barriga do ex-amigo.

Ele tinha razão. Dois contra um, ainda mais ferido e fraco a cada segundo.

- É, pena chegarmos a esse ponto, não é? – retrucou David.

Por um instante, tudo parou. Os olhares se encontraram, e David sabia que era o momento decisivo. Com um grito de fúria, ele partiu para cima de Bruno, levando o pequeno canivete em um movimento rápido para dentro do olho direito do antigo amigo. O grito de dor de Bruno ecoou pela rua; sua única reação foi enfiar a faca com toda a força mais uma vez na barriga do amigo, dessa vez, mais para o lado esquerdo, acertando um ponto intacto até então.

Roberto só apreendeu o acontecido quando David caiu no chão, com a faca presa ao corpo, se encaminhando para a morte. Bruno gritava como louco, após tirar o canivete do olho e, como uma besta enfurecida, agora provavelmente cego, pegou o canivete e enviou-o aleatoriamente no corpo caído na rua.

- Seu desgraçado! – gritou Bruno, enfurecido.

- Pára, cara, vamos embora, já foi - interrompe Roberto, segurando-o.

Os dois pararam de falar e olharam por um momento para o amigo morto. Bruno retira a faca presa no corpo e sai caminhando, sendo seguido pelo companheiro de crime. O sangue corre, misturando-se com a água da chuva. Nenhum santo apareceu, e uma mãe iria chorar na manhã seguinte.

Conto publicado no Farrazine #12 - Leia online aqui ou baixe-o aqui

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

FARRAZINE APRESENTA: TIRINHAS!

BOANOITEMAN


HOMEM-PREGUIÇA

 
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